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Como identificar a Síndrome do Esgotamento Profissional em sua empresa e o que fazer?

Colaborador em um consultório médico para tratar a Síndrome do Esgotamento Profissional

A Síndrome do Esgotamento Profissional, mais conhecida como Síndrome de Burnout, é uma condição causada pelo estresse crônico no ambiente de trabalho, marcado por exaustão emocional, desmotivação e queda no desempenho. Ela pode afetar diversos profissionais, desde aqueles que acabaram de entrar no mercado de trabalho até os que possuem anos de experiência.   

Para os colaboradores, o Burnout pode desencadear insônia, dores musculares, alterações no apetite e maior vulnerabilidade a transtornos de ansiedade e depressão. Esses sintomas drenam a energia e reduzem a autoestima, prejudicando a qualidade de vida dentro e fora do ambiente de trabalho. 

Para as empresas, a síndrome reflete negativamente no crescimento sustentável, na reputação da marca e na gestão de recursos.  

Segundo uma pesquisa publicada no American Journal of Preventive Medicine, o desengajamento, o esgotamento e a baixa produtividade de um funcionário ao longo de um ano podem causar um impacto financeiro de US$ 4.000 a US$ 20.000 por, a depender do cargo e salário. 

O que é a Síndrome de Burnout?

Segundo a 11ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-11), a Síndrome do Esgotamento Profissional é resultante do estresse crônico no local de trabalho que não foi gerenciado com sucesso. Ela é caracterizada por três dimensões: 

  • Sentimentos de exaustão ou esgotamento de energia 
  • Aumento do distanciamento mental do próprio trabalho, ou sentimentos de negativismo ou cinismo relacionados ao próprio trabalho 
  • E redução da eficácia profissional 

As causas podem variar conforme o contexto, incluindo fatores organizacionais como carga de trabalho excessiva, metas inatingíveis, estilo de liderança autoritário, comunicação ineficaz, ausência de reconhecimento e uma cultura que valoriza a produtividade acima do bem-estar.  

Esses elementos, quando combinados, aumentam significativamente o risco de esgotamento emocional e físico entre os colaboradores, incluindo demandas excessivas, falta de reconhecimento, baixa perspectiva de crescimento, desajuste entre habilidades e função exercida, entre outros fatores. 

Sinais e sintomas da Síndrome do Esgotamento Profissional em colaboradores

Um dos primeiros passos para lidar com a Síndrome de Burnout nas empresas é reconhecer quando ela ocorre. Há alguns sinais que podem ser observados para que as empresas possam identificar colaboradores que estão convivendo com a condição. 

1. Problemas de relacionamento interpessoal 
A dificuldade de comunicação e a intolerância a críticas tornam as relações no trabalho mais tensas. A cooperação diminui e podem surgir conflitos frequentes. 

2. Queda na produtividade 

O cansaço extremo afeta o foco e a tomada de decisão, tornando até tarefas rotineiras desafiadoras. Isso tende a gerar mais estresse e alimenta um ciclo negativo. 

3. Perda de talentos 

Ambientes que favorecem o esgotamento têm mais dificuldade para reter profissionais qualificados. Funcionários que se sentem sobrecarregados ou desvalorizados buscam oportunidades em contextos mais saudáveis. 

4. Sintomas físicos 

Dores de cabeça, tensão muscular, insônia, alterações no apetite e distúrbios gastrointestinais são alguns dos sinais associados ao estresse crônico. A persistência desses sintomas pode levar a condições de saúde mais graves. 

Estratégias de prevenção da síndrome do esgotamento profissional

1. Escutar e acolher os colaboradores 

Manter um canal aberto para ouvir a equipe é essencial para identificar sinais precoces de desgaste.  

Além de incentivar uma escuta ativa por parte das lideranças, é possível utilizar ferramentas eficazes como pulse surveys (pesquisas rápidas e frequentes que avaliam o clima organizacional), entrevistas estruturadas e caixas de sugestões digitais.  

Essas ferramentas ajudam a captar percepções em tempo real, promovem o engajamento e permitem ajustes mais ágeis nas estratégias de bem-estar. é essencial para identificar sinais precoces de desgaste.  

2. Investir em programas de bem-estar 

Criar um ambiente que promova qualidade de vida é uma responsabilidade organizacional que vai além de oferecer benefícios pontuais. É necessário implementar ações contínuas e integradas que incentivem o autocuidado e o bem-estar no dia a dia.  

Programas estruturados de atividade física, como aulas regulares no local de trabalho ou convênios com academias, favorecem a redução do estresse. O acompanhamento médico e psicológico pode ser facilitado por meio de parcerias com clínicas especializadas ou serviços de telemedicina.  

Já os incentivos à alimentação equilibrada incluem desde opções saudáveis no refeitório até a realização de campanhas educativas e workshops com nutricionistas.  

Juntas, essas medidas contribuem para a prevenção do Burnout e fortalecem a cultura de saúde dentro da organização. 

3. Treinar líderes para identificar sinais da síndrome do esgotamento profissional

Gestores preparados estão mais aptos a perceber mudanças comportamentais e a intervir com empatia. Treinamentos em saúde mental são fundamentais para que a liderança se torne agente de prevenção e suporte.  

Esses treinamentos devem abordar não apenas os conceitos teóricos sobre o Burnout e seus sintomas, mas também oferecer simulações práticas, estudos de caso e dinâmicas de grupo que desenvolvam habilidades como escuta ativa, empatia e comunicação não violenta.  

Além disso, é importante que os líderes aprendam a identificar sinais mais sutis de esgotamento, como retraimento social, irritabilidade ou queda no desempenho, e saibam como orientar os colaboradores para os canais de apoio adequados.  

Com esse preparo, os gestores se tornam aliados fundamentais na criação de um ambiente emocionalmente saudável e acolhedor. 

4. Promover um ambiente psicologicamente seguro 

Reduzir a pressão excessiva, estimular o reconhecimento e valorizar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional contribuem para um clima organizacional mais saudável. 

5. Adequar processos e metas 

Carga excessiva, metas inalcançáveis e falta de clareza nos objetivos são fatores que ampliam o risco de esgotamento. Reavaliar rotinas e ajustar expectativas promove um ritmo mais sustentável. 

Conclusão

A Síndrome do Esgotamento Profissional é um desafio significativo que pode comprometer a produtividade e o bem-estar dos colaboradores, afetando diretamente o desempenho e a saúde organizacional.

Reconhecer e agir sobre os sinais de exaustão, distanciamento e falta de agência é crucial para mitigar seus impactos.

Investir em um ambiente de trabalho saudável, promover programas de saúde mental e treinar líderes para identificar e lidar com esses problemas são estratégias essenciais para prevenir e gerenciar o burnout.

Ao priorizar a saúde mental e o suporte adequado, as empresas podem melhorar a retenção de talentos e fomentar um ambiente de trabalho mais produtivo e sustentável.

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